terça-feira, 28 de julho de 2009

Aleitamento Materno

O primeiro componente da alimentação infantil é o aleitamento materno, que até os seis meses de vida deve ser o único alimento recebido pela criança. O aleitamento materno possui inúmeras vantagens para o bebê, incluindo:

- Proteção contra morbidades como diarréias, infecções respiratórias e alergias alimentares;
- Proteção contra mortalidade infantil;
- Prevenção de doenças crônicas como diabetes, doença celíaca e doença de Crohn;
- Promoção de melhor crescimento;
- Melhora o vínculo mãe-filho;
- Melhor aceitação de novos alimentos no desmame;
- Custo menor quando comparado a alimentação artificial;

O colostro, primeiro produto de secreção láctica da nutriz, permite a boa adaptação fisiológica do
recém-nascido à vida extra-uterina. É secretado desde o último trimestre da gestação e na primeira semana pós-parto. É uma secreção líquida de cor amarelada, perfeito como primeiro alimento da criança.
A amamentação, sendo estabelecida progressivamente, resulta no leite de transição, produzido entre o sétimo e o 14º dia, e no leite maduro, após a segunda semana de lactação.

O leite humano maduro e o colostro atendem às necessidades nutricionais do recém-nascido com
composição que propicia a perfeita adaptação da criança na vida pós-natal e adequado crescimento.

A composição do leite materno é diferente de uma mulher para outra. Na mesma mãe varia entre mamas, em horários de mamadas diferentes e até no decurso da mesma mamada. Seu conteúdo fornece uma nutrição completa para o bebê, exceto em casos de mães muito desnutridas em que o teor de gorduras, vitaminas A e do complexo B podem ficar prejudicados.

O valor nutricional do leite humano varia durante a mamada e verifica-se diferença de valor nutricional entre o leite anterior e o leite posterior, sendo que este último contém três vezes mais lipídios e teor maior de proteínas. Sendo assim, é extremamente importante que o bebê receba
o leite do fim da mamada, que lhe proporcionará o adequado aporte energético.

É fundamental que não sejam estabelecidos limites de tempo de mamada, para que o ritmo de sucção de cada lactente seja respeitado e ele consiga esvaziar a mama, ingerindo o leite posterior Lembrando de oferecer sempre na próxima mamada a última mama oferecida na
anterior.

A grande maioria das mulheres apresenta quantidade de leite suficiente para amamentar seus filhos, e o lactente recebe todos os nutrientes que precisa, embora a mãe possa pensar
que não produz leite em quantidade adequada. Há duas maneiras práticas para se avaliar a ingestão de leite. A primeira é através do ganho ponderal que deve ser de aproximadamente 18 a 30g por dia, dependendo da idade da criança; a outra é através da eliminação de urina, que deve ser clara, transparente e no mínimo de seis a oito micções por dia - isto vale se a criança estiver em aleitamento materno exclusivo.

Algumas práticas devem ser observadas para que a amamentação seja bem sucedida, com vantagens para a mãe e para a criança. É importante que a mãe esteja calma, para que a fisiologia da lactação se estabeleça. O reflexo de ejeção do leite é influenciado pelo estado
emocional.

Nos primeiros dias de vida da criança as mamadas devem ser freqüentes para que se permita o desenvolvimento da lactação. Não devem ser estabelecidos horários para as mamadas; o choro do bebê e o despertar do sono devem regular os horários das mamadas. Com o tempo, a freqüência das mamadas passa a ser regida pela relação entre o volume de leite e a demanda da criança, que leva ao estabelecimento de horários “voluntários”. É importante destacar que nos primeiros meses a criança necessitará das mamadas noturnas.
Fonte: Revista Compacta

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