segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nutrição Funcional no Tratamento da Candidíase Vaginal

A candidíase vulvovaginal é uma inflamação na mucosa genital que compromete principalmente a vulva e vagina, desenvolve-se em decorrência de infecção por leveduras.
É sem dúvida, uma das doenças mais frequentes na prática diária do ginecologista.Os sintomas clínicos são normalmente claros, havendo o desenvolvimento de corrimento branco turvo, não homogêneo, acompanhado por uma irritação vaginal e evidente inflamação da vagina.
Podem ainda, ocorrer casos de diarreia, vaginites de relapso, dermatites como seborréia e exacerbação de psoríase.
Existem fatores que contribuem para o aumento da incidência de candidíase vulvovaginal, como o uso de corticosteroides, de antibióticos, anticoncepcionais orais e diabetes mellitus.
Outros fatores como gravidez, roupa íntima inadequada, uso de duchas higiênicas, desodorantes íntimos e contato com substâncias químicas também poderiam apresentar algum risco, mas seguramente não são as causas das vulvovaginites recorrentes.
Fatores dietéticos também contribuem para o crescimento de Candida.

O fator mais importante é o alto consumo de açúcar refinado, leite e derivados, alimentos fermentativos e alergênicos.
Embora haja dificuldades de diagnosticar e em aplicar o tratamento efetivo, principalmente pelos altos índices de recorrência, o que se sabe ao certo é que os estudos apontam o desequilíbrio intestinal como principal causa da infecção de organismos fúngicos, sendo o crescimento exacerbado da Candida na vagina derivado de um transtorno na flora normal.
O uso de probióticos para controlar certas infecções e restabelecer a flora bacteriana humana, vem conquistando espaço como alternativa convencional à terapia com antibióticos.
Os probióticos podem ser definidos como microorganismos vivos que trazem benefício à saúde de seu hospedeiro, em quantidades adequadas.
Reid et al. Utilizaram espécies de L. Rhamnosus e L. Fermentum, como consumo oral diário de cápsulas liofilizadas, durante quatro semanas, acompanhado de um grupo placebo.
Foi verificado o aumento dos probióticos estudados e de outras espécies de lactobacilos da pele retal para a vagina, além de redução de colonização de patógenos e aumento da imunidade da mucosa intestinal, aumentando a resposta imunológica da mucosa vaginal, e redução da cultura de Candida.
Orienta-se utilizar os probióticos associados aos prebióticos (Fibras – principalmente insulina e oligofrutose), pois os últimos alimentam os lactobacilos, aumentando sua população e proteção.

O alho atua como um forte agente biológico no combate à disseminação da C. albicans, sendo sua atividade fungistática e fungicida mais potente no extrato do dente de alho fresco amassado quando comparado ao extrato em pó.
Devido principalmente à sua ação sobre o sistema imune, além de suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o aloe vera gel também apresenta possíveis efeitos benéficos, assim como a espirulina ou Chlorella.
Entretanto, são necessários mais estudos comprovando a eficácia dessas terapias.
Assim, a eliminação de fatores dietéticos desencadeantes da candidíase vaginal ou de sua recorrência, associada à terapia de utilização de prebióticos e probióticos, entre outras terapias, pode constituir uma alternativa viável no tratamento da candidíase vaginal.
Fonte: Revisão bibliográfica: Revista Nutrição Saúde & Performance – ano 7 ed 34 pg 38

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