terça-feira, 28 de abril de 2009

Combata o estresse através da Nutrição Funcional

O que é stress?

Palavra latina que caracteriza um estado de tensão patológica do organismo, desenvolvido no século XVII pelo Dr. Hans Selye.
Esta alteração causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo. O corpo funciona em plena sintonia como em uma orquestra, onde todos os instrumentos tocam em harmonia para criar uma linda ópera. Desta forma o coração bate no ritmo adequado às suas funções, pulmões, fígado, pâncreas e estômago têm seu próprio ritmo que se entrosa com os demais órgãos.
Quando o estresse ocorre, cada um passa a trabalhar em compasso diferente devido ao fato de que alguns precisarão trabalhar mais e outros menos para poderem lidar com o problema.

Existe um perfil de pessoas passíveis de desenvolver o stress mais facilmente?

Existem pessoas que apresentam valores muito rígidos, culpas indevidas, percepções enviesadas por experiências passadas, competição, incertezas, pressa, perfeccionismo, mágoas e expectativas exageradas para si e para outros estão entre as causas mais comuns do stress.
Essas características pessoais são ainda mais poderosas como fonte de stress quando a pessoa possui também vulnerabilidade física ou psicológica para se estressar, além de uma ocupação complicada ou uma situação familiar conflituosa que constantemente afeta seu equilíbrio interior.
Porém existe um fenômeno que contribui para deixar a pessoa estressada e com sua qualidade de vida deficiente. Esta característica determinada geneticamente e confirmada por situações ambientais favoráveis, caracterizando o padrão de comportamento ou doença da pressa. Infelizmente a maioria das pessoas não conhece essa característica que funciona como uma potente fonte de stress é tão comum entre nós da cultura ocidental capitalista.

Quais são os sinais iniciais?

Quando a pessoa não consegue mais lidar com as emoções e problemas do seu cotidiano, inicialmente a memória começa a falhar para assuntos corriqueiros, envolvendo a auto-estima rebaixada, pequenas alergias dermatológicas, aftas, herpes, ansiedade até desenvolverem doenças crônicas e o abuso de álcool, cigarro e alimentação inadequada podem agravar o quadro.

Você sabia que o estresse tem 4 fases?

Fase 1: Reação – Alarme – estresse leve
Fase 2: Resistência - estresse moderado
Fase 3: Exaustão – Estresse intenso
Fase 4: Esgotamento –doença - Morte

Aspectos emocionais do stress
As principais características são:

Ambição,agressividade, competitividade e impaciência;
Nível de competência rebaixada;
Vontade de sumir e abandonar todos seus projetos;
Não ver mais objetivo na vida e valorizar cada vez menos a integração com família e amigos;
Irritabilidade excessiva;
Sensação de incompetência;
Hostilidade ao lidar com o próximo.

Porém é preciso tomar cuidado, pois existe um estresse gerado também por uma situação de felicidade extrema e, a pessoa fragilizada pode desenvolver os sintomas se não conseguir se reeqüilibrar.
Procure lembrar quando foi à última vez em que seu lado humano foi priorizado. Será que você está buscando um estilo de vida e reclamando como se você fosse vítima das circunstâncias ou das pessoas? Talvez você esteja sendo vítima de si mesmo, se sentindo valorizado por conseguir manter um ritmo cada vez mais rápido e uma intensidade cada vez maior nas atividades em que se engaja.


Pilares do Tratamento do Estresse:

1. Nutrição Funcional: A fim de repor os nutrientes, perdidos durante os períodos de estresse;
2. Relaxamento: A fim de reduzir tensão mental e física
3. Exercícios físicos: Porque o estresse naturalmente prepara o corpo para a ação e os exercícios ajudam a eliminada prontidão gerada pelo estresse.
4. Reestruturação de aspectos emocionais que se referem a conhecer a si mesmo e a mudar o modo estressante de pensar, sentir e agir.


Todas as reações fisiológicas do nosso organismo ocorrem para preservar as condições do ambiente interno. Estes são os princípios da hemodinâmica, que descrevem uma relação de atividades metabólicas e fisiológicas que ocorrem continuadamente, e que possibilitam ao individuo adaptar-se a mudanças circunstâncias, ao estresse, e às experiências.

Um dos princípios da nutrição funcional é baseado na procura por um balanço dinâmico dos fatores internos e externos entre o corpo, mente e espírito do paciente. A interação corpo e mente exerce papel fundamental no ciclo de antecedentes, gatilhos e mediadores das doenças crônicas sendo que o estresse mental de maneira efetiva neste ciclo.

A depressão pode estimular a produção de citocinas pró-inflamatórias, que contribuem para o desenvolvimento de doenças crônicas não trasnmissiveis e, consequentemente, para o envelhecimento. Desta forma, a disfunsão dos sistemas neuroendócrinos e imune pode estar associada ao desenvolvimento de alergias e doenças auto-imunes, obesidade, depressão e aterosclerose.

Comportamentos hostis estão associados ao aumento de PCR e desta forma, são fatores contribuientes para a inflamação e, consequentemente, para o maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Além disto respostas inflamatórias prolongadas são produzidas por sintomas depressivos em idosos.

O reequlíbrio corporal após o estresse é realizado através da ativação do eixo hipotalamico-pituitário-adrenal (HPA), que libera a secreção de catecolaminas e cortisol. Na presença de alergias alimentares,a ingestão de um alimento potencialmente alérgeno promove uma situação de estresse orgânico, estimulando o hipotálamo a librerar β-endorfina, que promove alivio físico e mental. Esta sensação de prazer faz com que o individuo consuma novamente o alimento alergênico, promovendo um processo inflamatório, e maior liberação de cortisol, adrenalina e noradrenalina mediante resposta inflamatória. As reações alimentares inadequadas levam a uma redução no aporte da glicose para o interior das células, reduzindo a formação de ATP, favorecendo o surgimento de sintomas de fadiga e baixa concentração, aumentando o desejo por alimentos ricos em carboidratos, o que promove o aumento do peso corporal. As catecolaminas liberadas ligam-se aos seus receptores distribuídos por diversos tecidos do organismo, e promovem eventos cardiovasculares, metabólicos, nervosos e imunológicos. Além disso, a liberação crônica de cortisol dificulta a liberação dos triglicerídeos pelos adipocitos, dificultando, por isso a perda de peso.

O cortisol proporciona, no curto prazo, aumento da glicemia, aumento do apetite, converte as gorduras em energia, deprime o sistema reprodutor e estimula o sistema imune a atuar contras as injúrias corporais. Porém o cortisol, no longo prazo, pode provocar diversos efeitos deletérios à saúde, como deposição de gordura visceral, resistência à insulina, aterosclerose, osteoporose, mudança de humor, distúrbios do sono, fadiga e doenças auto-imunes.

Diversos estudos indicam que a nutrição adequada é essencial para uma resposta efetiva ao estresse. Pacientes em uso de fluoxetina apresentam níveis baixos de folato sérico, respondendo de forma menos efetivo ao tratamento.

Além disso, estudos verificam que a ansiedade e o estresse psicológico estão relacionados à redução parcial de magnésio, associado ao aumento da excreção urinária deste mineral, indicando a necessidade de reposição do mesmo pela alimentação ou por suplementação.

A deficiência de Omega 3 contribui para o aumento da liberação de catecolaminas e cortisol. O consumo de linhaça, rica em lignanas e ácido linoleico, reduz pressão arterial durante estados de estresse mental, e promove redução no cortisol plasmático em mulheres pós-menopausa.


Alimentos indicados para períodos de estresse:

Chá verde: Contem Theanine, aminoácido com propriedades psicoativas, que reduz estresse físico e mental pelo controle do cortisol.

Peixes, Vegetais Folhosos verde escuro, soja e arroz integral: Ricos no fosfolipídio fosfatidilserina, fundamental para o funcionamento adequado das células neuronais.

Abacate e oleaginosas: Rico em beta-sitoesterol que modula os efeitos do cortisol.

Frutas Cítricas: Ricas em Vitamina C, que tem importante ação antioxidante com efeitos na modulação do cortisol.

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