terça-feira, 5 de maio de 2009

Tempero para Curar

Com este título a revista Mente e Cerebro definiu a curcumina, componente ativo extraído do curry/curcuma ou açafrão.
Ela é muito consumida na Índia, cerca de 100 mg/dia por habitante, como tempero. Estudos recentes mostram que podemos ingerir até 8 g/dia sem efeitos colaterais, entretanto a biodisponibilidade celular da curcumina é muito baixa , devido à rápida glucoronidação hepática e intestinal. O folclore nos ensinou que a adição de pimenta do reino (Piper nigra) aumenta em 2000% a biodisponibilidade do princípio ativo. Na Índia o povo adora açafrão e pimenta .
A curcumina e compostos relacionados os curcuminóides, possuem propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, antivirais, antibacterianas, antifúngicas e antissépticas, com atividade potencial contra doença de Alzheimer, Parkinson, câncer, diabetes, alergias, artrite e outras enfermidades crônicas. Na Universidade John Hopkins estão sendo investigadas as propriedades da curcumina, que podem proteger o sistema nervoso de prejuízos de doenças neurodegenerativas como o Parkinson.
Outro estudo na Universidade da Califórnia, está organizando um ensaio clínico em humanos para testar se a curcumina é capaz de impedir o acúmulo de placas amilóides que sobrecarregam o cérebro dos pacientes com Alzheimer.
Nos Estados Unidos são muito comuns o câncer de mama, de colon, de próstata e de pulmão, o que não acontece na Índia, onde é alta a ingestão de cúrcuma. Observou-se aumento da incidência de câncer de colon em imigrantes da Índia vivendo nos Estados Unidos, o que mostra o valor da dieta como fator quimiopreventivo.
Os primeiros estudos feitos com células isoladas e em animais mostraram que a curcumina pode agir contra uma gama de doenças inflamatórias, entre elas pancreatite, artrite, colite, gastrite alergia e febre. Ela também se revelou promissora para diabetes, doenças auto-imunes e cardiovasculares.
Nas palavras de Bharat Aggarwal e Shishir Shishodia: “Vamos fazer uma viagem para nossas “RAIZES” antigas para explorar as “RAIZES” da Curcuma longa”.
Fonte: Revista Mente e Cerebro (abril/2009) e Site da ABMC.

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